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Em 1992, a pesquisadora Karen Wynn, do Laboratório de Congnição Infantil da Universidade de Yale realizou um experimento surpreendente com bebês de quatro e cinco meses de idade. Este trabalho foi publicado na revista Nature. A animação a seguir mostra a experiência conduzida por Wynn.
Quando os bebês se deparavam com a situação correspondente à adição equivocada 1 + 1 = 1, eles passavam, em média, um segundo a mais observando o palco. Para verificar se esta diferença não se devia a alguma preferência dos bebês pela quantidade 1 em relação à quantidade 2, foi feito um experimento similar em que os bebês eram expostos a situações que correspondiam à subtração 2 − 1. Nesse caso, quando era apresentada a falsa subtração 2 − 1 = 2, os bebês chegavam a ficar três segundos a mais observando o palco, em comparação com as situações em que se apresentava a subtração correta. O experimento foi repetido ao redor do mundo por diversos cientistas, que encontraram sempre resultados similares.
Mas o que isso significa, exatamente? Significa que bebês muito novos já sabem diferenciar uma unidade de duas unidades, isto é, já têm alguma noção de quantidades. Além disso, possuem também alguma noção intuitiva de soma e subtração.
Outra surpresa importante foi revelada por este experimento. Segundo Piaget, para crianças nesta faixa etária, tudo o que sai de seu campo visual deixa de existir. Wynn demonstrou que isso não é verdade, mesmo quando o boneco estava atrás do anteparo, a criança seguia esperando poder vê-lo quando o anteparo fosse removido.
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